«Uma atividade física simples, como um pequeno passeio a pé, pode ter efeitos importantes no tratamento da depressão, segundo afirmam investigadores da Escócia.
A depressão é uma doença que afeta cada vez mais pessoas por todo o mundo. Em
estudos anteriores, o benefício da atividade física regular já tinha sido
provado. No entanto, os efeitos da caminhada - atividade menos vigorosa em
termos físicos - não eram ainda claros.
Um estudo publicado no jornal Mental Health and Physical Activity comprovou que caminhar tem um grande efeito sobre a depressão.
Os investigadores da Universidade de Stirling procuraram em 11 bases de dados por ensaios clínicos que referissem o caminhar como intervenção terapéutica para a depressão. A procura incidiu sobre o conteúdo desde a criação da base de dados até janeiro de 2012.
Dos mais de 14 mil artigos recuperados, oito preencheram os critérios de inclusão. Os estudos mostravam que andar a pé tem um efeito estatisticamente significativo no tratamento da depressão.
A caminhada é um tratamento promissor com poucas (se alguma), contra-indicações. No entanto, estão a ser desenvolvidas novas investigações para estabelecer a frequência, intensidade, duração e tipo de intervenções eficazes.
Uma em cada dez pessoas pode sofrer de depressão em alguma altura da vida. O tratamento é feito, essencialmente, com medicamentos. Contudo, os médicos aconselham o exercício físico no tratamento de sintomas leves.
Em declarações à BBC, o professor Adrian Taylor, que estuda os efeitos do exercício na depressão, toxicodependência e stress na Universidade de Exeter, explicou que "a beleza da caminhada é que toda a gente o faz".
A forma como o exercício beneficia estas condições depressivas não é ainda clara. Existem teorias que apontam o desporto como uma distração das preocupações, dando uma sensação de controlo e libertando hormonas "bem-dispostas".»
in JN online, 16-4-2012
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